Hospital de Câncer Francisco Camargo formaliza criação de Centro de Estudos e Pesquisas.
O projeto é realizado em parceria com a Associação Médica de Goiás (AMG) e a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG).
O primeiro estudo será o xeroderma pigmentoso, doença precursora da evolução de um câncer com alta prevalência no município goiano de Faina.
De acordo com o médico Waldemar Naves do Amaral, que irá presidir o centro de estudos, na prática, ele vai estimular possibilitar o desenvolvimento de pesquisas dentro de um modelo metodológico que possa gerar resultados interessantes.
Além do estudo e do atendimento especializado, o centro será voltado para ampliar o potencial acadêmico do estado.
Já que bolsas para mestrado e doutorado, em parceria com a Faculdade de Medicina da UFG, fazem parte do acordo.
“É realmente uma maioridade que o hospital atinge, e a ciência e a academia andam junto com o desenvolvimento e aprimoramento da assistência às pessoas que precisam”, destacou o diretor-presidente do Hospital de Câncer Francisco Camargo, Wagner Miranda.
Para Washington Luiz Ferreira, presidente da Associação Médica de Goiás e gerente de ensino de pesquisa do Hospital das Clínicas da UFG, um centro de ensino e pesquisa leva ao avanço do conhecimento, da tecnologia, das novas práticas.
Primeiro estudo
Já existem três projetos de pesquisa em desenvolvimento, mas o que está mais à frente será ligado ao xeroderma pigmentoso.
Vale lembrar que a doença genética rara causa sensibilidade extrema à radiação ultravioleta presente na luz solar, por exemplo, e que pode evoluir para um câncer.
De acordo com dados do Governo do Estado, a cidade de Faina, distante aproximadamente 200 quilômetros de Goiânia, tem a maior incidência da doença do mundo.
A proporção é de um caso para cada grupo de 40 habitantes. Nos Estados Unidos e Europa a proporção é de um caso para um milhão de pessoas.
Sobre o HC Francisco Camargo
Tendo como embaixador o cantor Zezé de Camargo, o Hospital de Câncer Francisco Camargo é uma entidade beneficente sem fins lucrativos, considerada de utilidade pública.
O local já está em operação e atende casos de baixa complexidade.
No entanto, o projeto iniciou a sua jornada em 2014, e será uma das maiores unidades de atendimento a câncer do País.
Seu funcionamento começou em 2021 com a inauguração de seu primeiro módulo, a policlínica, com 204 metros quadrados.
O local oferece gratuitamente exames de mamografia, ultrassonografia, eletrocardiografia, exames laboratoriais, além de consultas.
Ademais, toda a obra está sendo feita com recursos da comunidade, que tem se engajado no projeto.
Mas, em breve, uma nova ala será inaugurada, ampliando os atendimentos.
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